segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

DNPM recebe missão japonesa

Em visita ao Brasil, o grupo Japan Oil, Gas and Metals National Corporation – JOGMEC visitou o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) para conhecer melhor a área de mineração brasileira. Representando o governo japonês, o grupo veio ao País para conhecer e firmar parcerias nas áreas de tecnologia das mineralizações de terras-raras, mineral estratégico abundante no Brasil.

Em reunião que ocorreu nesta segunda-feira (10), o diretor-geral substituto do DNPM, Victor Bicca, falou sobre as reservas oficiais de óxidos de terras-raras no Brasil (aprovadas pelo DNPM). “Nossas reservas aumentaram para 22 milhões de toneladas (16,2 % das reservas mundiais), somente na região de Araxá, MG”, destacou Bicca. Com essa reserva, o Brasil passa a ocupar o segundo lugar mundial de reservas de terras-raras, logo após a China (55 milhões de toneladas) e na frente dos Estados Unidos da América (13 milhões de toneladas).

Victor Bicca comentou também as diretrizes de políticas públicas do governo federal para o setor mineral e ressaltou que a melhora no conhecimento geocientífico do território tem contribuído para o desenvolvimento do setor.

“Viemos ao DNPM expor os projetos da nossa organização, para firmar acordos de cooperação, principalmente, para minerais estratégicos como os terras-raras,” disse Kuroki Keisuke, vice-presidente executivo da JOGMEC.

Terras-Raras

Terras-Raras são 17 elementos químicos utilizados em tecnologias de ponta, como ímãs permanentes (liga metálica de Nd-Fe-B) que aumentam a eficiência de geradores elétricos e viabilizou a produção de micromotores, com amplo emprego em veículos híbridos, discos rígidos e inúmeras outras aplicações (como telas LCD, lâmpadas de LED, e geração de energia eólica, por exemplo). No entanto, hoje, é a China que detém 87% da exploração de terras-raras. O Brasil é responsável por apenas 0,28% da exploração desses minérios.

A partir de 2005, a disponibilidade dos elementos terras raras no mundo se tornou mais crítica, devido à falta de investimento dos países e sua grande dependência da China. 


Registro Fotográfico
O diretor-geral substituto do DNPM, Victor Bicca, durante reunião com representantes do governo japonês

Fonte:http://www.dnpm.gov.br/